segunda-feira, 8 de outubro de 2012

BIDI - 05-10-2012

 
Rendo Graças ao autor desta imagem
 
 
 
 
BIDI
05/10/2012
 
 
Bem, BIDI está com vocês.
E ele os saúda.

E nós vamos continuar, se vocês o querem, nossas trocas.

Pergunta: quais exercícios respiratórios do Yoga podem pacificar o mental e o emocional?

Existem inúmeros. Em cada Yoga são escritos exercícios referentes à respiração, mesmo, fora do Pranayama. Agora, considerar que o mental e o emocional, que fazem parte da Ilusão, devem ser acalmados, já lhe mostra que é a própria personalidade que quer agir contra ela mesma: isso é possível.

Mas, a primeira coisa a realizar, é, exatamente, o que venho te dizer: queixar-se de seu mental, queixar-se de seu emocional, traduz a implicação da pessoa nos processos incômodos que são vividos. A primeira coisa a realizar é então, um distanciamento de suas emoções, de suas atividades, que não dizem respeito de nenhum modo ao que você É. Isto é o mais importante.

Em um segundo tempo, você pode, efetivamente, utilizar o que te parece bom, para agir sobre eles. Mas, dê-se conta de que, agir, sobre eles, é já lhes dar alguma importância. E o Eu será sempre perturbado pelas emoções e pelo mental. Mas isso prova simplesmente que a consciência está instalada na pessoa. Há, portanto, uma identificação ao seu mental e ao seu emocional.

O que quer que você faça, considere, agora e já, que eles não te pertencem: eles estão aí. E estando aí, eles se manifestam. Aquele que ultrapassou as emoções não é insensível, mas olha simplesmente as emoções nascerem e desaparecerem, sem retê-las, de modo algum, sem ser afetado, de modo algum.

É claro que lhe é necessário então reposicionar-se, no Interior de você mesmo. O que significa que o conjunto de sua vida foi muitas vezes dirigido pelas emoções e pelo mental (tanto nas alegrias quanto nas dores). O que perturba, é a alternância e as variações. O que perturba, é estar consciente de que alguma coisa perturbou. Mas o que será perturbado é sempre a pessoa.

Enquanto a tomada de distância, nesse nível, não é realizada, é necessária uma experiência importante tanto da meditação, como de técnicas respiratórias, para se desincrustrar de algo que dirigiu, frequentemente, a maior parte das vidas das pessoas.

Qualquer que seja a técnica, o mais importante não será jamais a técnica, mas sim ver, realmente, o emocional e o mental como o que eles são. O distanciamento, a tomada de distância é o preâmbulo para qualquer técnica. Senão, você reforça, pela própria dualidade: querendo agir, você age contra. E, agindo contra, você se coloca, desde o início, em meio à sua consciência, em meio à dualidade.

O Absoluto não é concernido em nada pelas técnicas relacionadas aos diferentes sacos de Ilusão. A melhor coisa a verificar, por você mesmo, é constatar que, desde que você não alimente mais, desde que você distancie o que você É tanto das emoções como do mental, eles aparecerão pelo que eles são, o que quer dizer exteriores ao que você É, e sem nenhuma consistência.

Qualquer emoção, qualquer sensação de ser invadido pelo mental, não representa, em definitivo, senão o único e mesmo medo: o do Desconhecido.


Pergunta: a virtude da Graça é transcender o mental, as emoções e mesmo o Si?

Eu diria, simplesmente, que a Graça faz você realizar sua Natureza, sua Essência e o Absoluto.

Quando a Graça está aí, não há nenhum outro lugar possível para o emocional e o mental. Você não pode Ser e viver uma Graça, a Morada da Paz Suprema, e manifestar ou perceber, ao mesmo tempo, algum elemento das emoções ou do mental em meio ao que você É. A Graça toma o lugar, todo o lugar. Ela não luta contra o mental, ela não transcende o mental, ela o aniquila totalmente.

A Graça não pode ser concomitante ou somar-se, manifestar-se, ao mesmo tempo e no mesmo espaço, que as emoções e o mental: é um ou o outro.


Pergunta: em meditação, acessar um sono sem sonho, estando consciente, é aproximar-se do Absoluto?

Isso é Estar na Última Presença. Quando você está aí, sem nada mais, quando, unicamente, há essa Paz e essa Beatitude, sem visão, sem meditação, sem percepção, então, nesse momento, há a Infinita Presença. Mas não se pode aproximar do Absoluto: ele É ou não. A grande diferença, entre a Infinita Presença e o Absoluto com forma, é que, na Infinita Presença, há oscilações vividas como desagradáveis.

O Absoluto sem forma passa de um estado a outro, sem a menor dificuldade. O que você É, no Absoluto, não pode mais ser afetado, perturbado, contrariado, por qualquer atividade da pessoa. O que quer que a pessoa faça, o que quer que esse saco faça, você permanece no mesmo Absoluto.

O que não é o caso na Infinita Presença. A meditação não permite ser Absoluto. É mesmo o parar da meditação, para aquele que a pratica, que cria o Absoluto.

A meditação concerne ao Si, e às vezes ao Eu, lamentavelmente. Mas o Absoluto não pode ser concernido por qualquer meditação. O que não impede, é claro, de te dar prazer meditando.

Mas a meditação não permitirá jamais ser Absoluto, uma vez que, justamente, o Absoluto É, quando há abandono do Si.

Portanto, como meditar sobre o Si e viver o Si, em meditação, e Ser Absoluto?
É impossível.

A investigação sobre o que você É, restituir à consciência os primeiros momentos de Unidade da pequena infância, são bem mais importantes do que qualquer meditação.

A meditação, ao final de certo tempo, ou do hábito da prática, torna-se sempre um narcisismo exagerado: a necessidade de se contemplar nessa Paz. É a Ilusão espiritual. Até prova em contrário, ninguém, onde quer que seja, foi Absoluto com forma, em decorrência ou na sequência de uma meditação.

O Si é realizável pela meditação, mas certamente não o Absoluto que é, justamente, o abandono do Si. A Meditação, é considerar que há um Eu e um Si. E, portanto, a meditação permite encontrar o Si: é o Despertar, mas, em caso algum, a Liberação.


Pergunta: como podemos aprofundar a tomada de consciência do coração do Coração?

É o momento em que a Infinita Presença descobre, em Si, e para o Si, e pelo Si, que o Centro está presente em todo lugar, que não há diferença entre tal Centro e tal Centro porque em definitivo, são os mesmos Centros que é o Centro, por toda parte.

O coração do Coração é o instante em que o abandono do Si, é, se posso dizer, tocado: e permanece para vivê-lo. É o momento em que não há mais possibilidade, para a Consciência Unificada, para o Si, de estar identificado ao que quer que seja.

E há então uma desidentificação do Si, que também se produz. O Eu restitui tudo ao centro dele mesmo. O Si faz irradiar, ao Centro, um novo elemento, onde o Eu não está.

O Centro do Centro, é o momento em que o Si começa a não mais estar identificado ao centro de Si. É isto, o abandono do Si e a descoberta (ou a redescoberta) do centro do Centro ou o coração do Coração. É nesse momento que se vive o Néctar.


Pergunta: é necessário abandonar tudo para reencontrar o Absoluto?

Quem disse para abandonar o que quer que seja, exceto o Si?
O problema é um problema de ponto de vista, e de identidade, ainda que de identificação. Desde que o ponto de vista mude, desde que você não esteja mais identificado ao que quer que seja, então, o Absoluto está aí.

Mas você não pode se bater contra o “eu”, nem mesmo considerar combater o Si. O Si desaparece pelo Abandono de qualquer reivindicação e de qualquer justificativa.

Esse corpo, esse mental, essas emoções, são efêmeros: deixe-os viver, eles nada lhe pediram. Isso não corresponde verdadeiramente a abandonar tudo. Abandonar-se, não é abandonar as coisas exteriores.


Pergunta: uma experiência de Unidade vivida após ter obtido uma Graça, é um prelúdio à Infinita Presença, ou é a Infinita Presença?

Os dois são possíveis. Mas, o mais frequente, o que é característica de seu tempo, encarnado, são justamente essas experiências de Presença, ou da Infinita Presença, seguindo-se pela Graça, ou pelas primícias do Abandono do Si.

Que isso seja realizado pela ação do Si, por uma comunhão com os outros Planos, ou por um momento de angústia, o resultado é o mesmo: o Núcleo Imortal é marcado, no centro do Centro. É dessa fulgurância ou dessa Graça, que são colocados os marcos ou marcadores. Que necessitam, eles também desaparecer.


Pergunta: se a gente se sente a morrer, visto que não se está doente, isso provém da passagem no Abandono do Si?

Todas as condições são boas, para a Luz, para te impulsionar a te reconectar ao que Tu És: como eu já te disse, que isso seja a impressão de morrer, uma angústia, uma Graça, uma Vibração, pouco importa. A Luz agirá, pela maneira e pelo modo que é, para ti, a mais adequada. Em função do que lhes disseram os Anciãos, vocês passam de um estado ao outro e, para alguns, de um estado a todos os estados.

Toda Passagem requer uma morte do velho, do que não tem que existir no seio da Eternidade, mesmo se o Absoluto subjaz e inclui tanto o ser quanto o não-ser. Porque ambos (ser e não ser) são sempre definidos um em relação ao outro, manifestados ou não manifestados: isso não concerne, de nenhum modo ao Absoluto.

Há uma ruptura, em algum lugar. Esta ruptura será sempre, do seu lado, uma ruptura do efêmero, qualquer que seja o modo pelo qual isso se produz. Quer seja uma angústia, uma doença real (ilusória, ela também, mas que afeta o saco), que este saco esteja presente ou que este saco desapareça, como tu o verás, isso não muda nada do que tu És.

Só o narcisismo de um apego a uma identidade, a uma evolução espiritual (que é uma farsa), é o freio mais poderoso ao que vocês São. A perfeição não é amanhã. A perfeição não é ontem. A Perfeição não tem nada a ver com este mundo. Este mundo desaparece, isto é, aliás, o que vocês fazem na meditação, eu diria que este é um desaparecimento lúcido, aceito e Transcendido.

Tudo depende, efetivamente, desse mecanismo de aceitação, que precede o Abandono do Si. Enquanto esses mecanismos, concernentes à Consciência, não parecerem como evidentes, há resistência ao que Tu És, ou seja, Absoluto.


Pergunta: o que pensar de uma situação em que não se sabe mais quem se é, nem o que se deve fazer, ou não fazer?

Justamente, não penses nada. Por que quem quer pensar alguma coisa? a propósito disso? O "eu". Sempre que há desidentificação, tal como tu a descreves, sobretudo não penses. Vê o que é. É o que tu És. Justamente, desde que não haja mais marca, de ninguém, de identidade, de ação, é naquele momento que tu És. Portanto, acima de tudo, não penses nada. Porque o pensamento não concerne ao Absoluto. Ele sempre dirá respeito à Criação e à manifestação do ser.

Como eu o dizia, desde o instante em que tu não compreendes mais, desde o instante em que tu não sabes mais ao que te pendurares, desde que o mental não encontre mais explicação, então tu Estás lá. E o que chama este estado, onde o sentido de identidade desapareceu, é justamente vivê-lo. A prova é que aqui, tu sabes, e expressas o fato de que tu tenhas vivido isso, em um momento dado: isso te prova mesmo que tu podes existir fora de toda Presença em ti, de toda ação sobre este mundo.

Esta é a diferença entre o sono e o que pode ser a Infinita Presença. Nesses momentos, não penses: contenta-te em viver o que está aí, isso é o que tu És. E não quando tu pensas, e não quando tu explicas, e não quando tu entendes.

É muito simples: a consciência é ávida por percepções, por experiências, por identidade, por união, por Unidade, como por divisão e separação. O que tu És é independente do jogo da consciência. Se, em algum momento, a consciência desaparece, não há mais identidade, mais pessoa, mais ator, mais espectador. É isso o que tu És.


Pergunta: o centro do Centro pode ser chamado de ponto zero?

Não. O ponto zero pode logo ser definido e localizado. Em última análise, o ponto zero seria o momento do Absoluto ou Infinita Presença, dando-se conta do Absoluto. Querer encontrar um sentido para as palavras que nós lhes damos, uns e outros (em Assembleia ou não) para fazer colar a tua própria vivência ou a tua própria compreensão, não te fará mover um jota.

Isso é da imobilidade, é do mental, que precisa assegurar-se do conhecido, de um ponto de comparação. Enquanto tu comparas, é o mental que elabora estratégias. É por isso que é preciso de ver Claramente. Tudo o que tu podes dizer, tudo o que tu podes comparar, não é Absoluto.


Pergunta: a Última Presença deve ser vivida regularmente, ou o fato de tocar a Última Presença é o suficiente em si?

Em relação a quê? Se tu consideras que há um objetivo, tu te enganas. Quer a Absoluta Presença ou Infinita Presença, seja vivida uma vez ou mil vezes, não muda nada do que tu És. Não pode haver apenas uma forma de autossatisfação, do Si, nutrido pelo ego espiritual. Enquanto tu não és Nada, tu não podes Ser o Tudo. Enquanto há uma Presença, o Absoluto não É, para ti (cada saco é diferente).

Isto não é uma passagem: a Absoluta Presença, ou a Infinita Presença, não é o Absoluto, então esta não é uma reaproximação. Alguns necessitam dessa experiência para abandonar toda experiência. Outros vão viver múltiplas vezes a mesma experiência, sem nada mudar na experiência.
Mas o conteúdo desse gênero de experiência não permite se aproximar do que é inacessível, exceto pelo desaparecimento, exceto pelo Abandono do Si, pela Ação da Graça, e pela aceitação do desaparecimento.

Acolher a Luz, aceitar a Luz, não é prova de que vocês se tornaram a Luz. Há um desenrolar temporal (e vocês o viveram) de recepção da Luz, da Consciência, do despertar do Si. Mas Ser Absoluto, com forma, é ver claramente que este desenrolar era uma peça de teatro. É o momento em que tu dizes: "chega".

Este é o momento em que tu chegas a esta noção de maturidade, onde tu concebes e apreendes, perfeitamente, que nenhuma experiência, em última análise, não leva a nada, a não ser à manutenção de uma forma ou de outra consciência. Mas tu és livre para buscar as experiências ao infinito. Mas o infinito não é o Absoluto.

O Absoluto não resulta de uma acumulação de experiências ou de uma intensidade da experiência. Ser Absoluto, é sair da pessoa, de toda personalidade, de todo Si, de toda marca, porque tudo isso foi percebido e vivido como efêmero. Uma sucessão de efêmeros não fará jamais a Eternidade, de forma alguma.


Pergunta: Viver os estados de Dissolução corresponde a viver o Absoluto?

Tu não farias a pergunta. Aquele que é o Absoluto o sabe instantaneamente. Ele não se faz a pergunta para saber se tal desaparecimento ou tal experiência é isso, o Absoluto. Porque o Absoluto não pode deixar margem a qualquer dúvida e a qualquer pergunta, quando tu o és. Lembra-te: tu saíste do personagem, tu saíste do palco do teatro, tu saíste da poltrona do observador, tu saíste do teatro e tu percebes que não há teatro.

Isso acontece com todo comentário e com toda pergunta sobre o que isso É. Todas as experiências que vocês conduzem, e que vocês desenvolveram (pelos Anciãos, pelas Estrelas, pelos Arcanjos), aproximam vocês da Absoluta Presença, aproximam vocês do Si. Mas Viver a Liberdade e Ser Liberado, é superar tudo isto, não como uma rejeição, mas, eu repito indefinidamente, como uma mudança de olhar.


Pergunta: Passar de um ponto de consciência a um momento de a-consciência, refutando este ponto de consciência, é uma experiência do Absoluto?

Mas não pode haver experiência do Absoluto. Tu És, ou não. Isso não é, em qualquer caso, uma experiência. É uma certeza. Muito mais do que uma convicção, muito mais do que uma fé. Tu encontraste, na totalidade, o que tu És. O Absoluto nunca será uma experiência, nunca um estado. Tudo isso participa, como tu o dizes, de uma experiência.

As experiências concernem ao Si. Elas são incontáveis. Se, durante uma refutação, houver experiência, se a experiência for mantida, onde quer que tu estejas (no Eu, no Si ou em qualquer lugar), então o Absoluto está aí.

O Absoluto não pode ser confundido com uma experiência qualquer. O que tu sabes é que, quando tu és Absoluto com forma, tu passas, à vontade, no Eu, no Si, sem nada alterar do Absoluto. Isto não corresponde às experiências.


Pergunta: Será o Si que diz "chega"?

Não muda nada: quer seja o Eu ou o Si, há este recuo (se assim posso dizer) necessário. É naquele momento que, frequentemente, pode ocorrer a angústia do desaparecimento (perda) da consciência em si.

Na realidade, o Eu, o Si ou o observador, estão sempre aí, mas és tu que saíste disso. Quando tu sais do teatro e tu percebes que o teatro não existe, e que o que se encena sobre um palco, em algum lugar, desapareceu portanto? Não. Vocês ainda estão aí onde vocês estão. Mas isso é vivido pelo Eu ou pelo Si, efetivamente, como uma aniquilação e uma angústia, às vezes, extrema. Mas isto te prova, justamente, que tu estás mudando de ponto de vista, naquele momento: ou seja tu sais da experiência para entrar na Verdade.

E, quando tu entraste na Verdade, na tua Verdade, não há qualquer dúvida. Porque todas as experiências vividas, tudo o que é vivido ao nível do Eu, não pode alterar o que tu És.

Antes, tu eras submisso ao corpo, submisso ao jogo da Ação / Reação, tu descobres Graça, e tu te dás conta de que tanto uma como a outra não são a Verdade, mas que uma te distancia dela, e a outra, efetivamente, pode realizar, de forma aparente, uma aproximação. Mas quando tu és Absoluto, tu percebes que a aproximação nunca existiu. Isso sempre esteve aí.


Pergunta: A angústia do Choque da Humanidade pode provocar o reconhecimento de seu estado de Absoluto?

Mas o que é a angústia, senão uma projeção do teu mental, porque tu defines a angústia do Choque da Humanidade. Aquele que o espera, se prepara. Aquele que sabe que vai morrer, de uma doença longa e dolorosa, tem o tempo para se preparar para sua morte.

Aquele que morre, em uma vida normal, por desaparecimento brutal do saco, percebe sempre que ele está morto? Não. Mas o que está morto? O saco. O que subsiste, durante um tempo: o que é nomeado emoções, mental, pensamentos, ideias.

As condições dessas emoções, desse mental, dessas ideias, condicionam (vocês o compreenderam) ao que vocês são confrontados, ou seja, ao que vocês criaram ou desconstruíram.

A angústia não pode ser definida como uma coisa que vem. Eu diferencio, formalmente: a angústia do desaparecimento (por ocasião da experiência do Si ou do desaparecimento), não é uma projeção deste desaparecimento. O medo é uma secreção deste saco, a angústia também, mas a angústia real, vivida no momento em que um evento, dado, está aí.

Mas não a projeção mental de um evento futuro. Mesmo se tu tens medo da morte e se tu tens uma angústia real da morte, tu não sabes quando tu vais morrer, a menos que te seja anunciada uma doença que põe em jogo a tua própria vida. Então aí, tu começas a te fazer a pergunta da angústia do teu desaparecimento, mas porque tu o vives, não porque tu a projetaste. Esta é toda a diferença.

A angústia de que eu falo não é somente uma secreção de uma projeção, mas a secreção de uma experiência, que irá derrotar (pelo menos, esse é o seu ponto de vista) o Eu. E quem faz desaparecer o Si, o que é intolerável para o Eu, como para o Si.

O Absoluto não é, no entanto, o resultado de uma angústia, mas de apreender e viver que essa angústia, projetada ou real, não tem qualquer sentido. Justamente porque ela é projetada ou vivida. Ver isso pode ser chamado de: um passo para a Liberdade.


Nós não temos mais perguntas. Nós vos agradecemos.

Então, eu saúdo todos os seus sacos e eu saúdo,
em particular, o Absoluto que vocês São.

E eu lhes digo: até as nossas próximas entrevistas e intercâmbios.




Mensagem de BIDI,
pelo site Autres Dimensions
em 05 de outubro de 2012
 
 
 
 
 
Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Ligia Borges e Josiane de Oliveira
 
 
 

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