terça-feira, 17 de novembro de 2015

SE NÓS, SOZINHOS, PODEMOS PASSAR A PORTA ESTREITA, O QUE HÁ A FAZER? - PHILIPPE DE LYON - A QUESTÃO

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Se nós, sozinhos, podemos passar
a Porta Estreita, o que há a fazer?


Não, na verdade, não há estritamente nada a fazer.

A crucificação do ego é, justamente, desviá-lo, não negá-lo.

Justamente, nada fazendo, porque, em última análise, quem fez até hoje, senão o ego?

Mesmo a ativação das Coroas Radiantes, mesmo o Fogo do Coração abrindo-os ao Si, apenas foi viabilizado e conscientizado porque o ego o realizou.

E vocês não são o ego.

E, portanto, conceber que há algo a fazer é querer agir.

Há apenas vocês sozinhos que realizam a Passagem.

E esta Passagem é, muito exatamente, o Abandono à Luz, mas, muito mais, o Abandono do ego e o Abandono do Si.

O Manto Azul da Graça e a Doação da Graça ajudam-nos a vivê-lo.

Mas, são vocês que o vivem.

Não há qualquer contradição.

Crer que vocês irão se liberar é uma ilusão.

Vocês estão Liberados, desde toda Eternidade.

Simplesmente, vocês não o sabem.

Da mesma forma, com humor, que o Senhor Jourdain fazia da prosa, vocês fazem da prosa sem o saber.

Quando vocês descobrirem a sua natureza, o Absoluto, que lugar poderia restar para o ego ou para o Si?

Nenhum.

Somente o ego crê que ele cria a Luz ou que ele capturou a Luz.

Somente o ego crê que há um caminho, algo a percorrer.

Somente o ego crê que há um trabalho.

E nós também, aliás, jogamos nesta crença.

Como isso foi dito, desde pouco tempo, se mesmo MARIA tivesse dito, de repente, a uns dez anos: “vocês são o Absoluto”, vocês não teriam mesmo colocado questões, vocês teriam tomado isso como alguma coisa que vocês não compreendem, mas que não necessita de qualquer questão, porque é extremamente abstrato.

Hoje, o Absoluto não é abstrato, é uma Verdade, capaz de ser vivida além da consciência.

Mas, viver o Absoluto, é não mais viver o ego e não mais viver o Si.

Não os rejeitando ou os enterrando, mas os transcendendo, e é apenas o ego que pode transcender o ego.

Acreditar que há uma solução de continuidade entre o que é conhecido e o que é desconhecido é muito satisfatório para o ego.

Mas isso não pode existir.

Quando vocês deixam este corpo pela morte, será que vocês levam o seu corpo?

Será que vocês levam o que quer que seja que vocês possuem sobre este mundo?

Reflitam dois minutos.

Será que vocês partem com o seus sapatos, com o seu talão de cheques?

É o ego que, incansavelmente, os faz crer que vocês possuem a Luz, que vocês se tornaram Luz.

O ego sempre irá mentir ao Absoluto, porque, como foi dito, o Absoluto, para ele, representa o medo o mais terrível.

Conforme foi dito, hoje, o ego apenas pode renegar o Absoluto.

Enquanto vocês continuam acreditando que são vocês que trabalham, que são vocês que transformam, nada acontece.

O ego pode ir até um certo estágio da Luz, isso se denomina, aliás, o Si, o Acordar ou o Despertar.

Mas o Acordar ou o Despertar não são a Realização, e ainda menos a Liberação, mesmo o conjunto da Terra estando Liberado.

Estar Liberado é tomar consciência da Liberação e do Absoluto.

Isso é um fato adquirido para o conjunto da humanidade.

Mas o que vai restar uma vez que isso for vivido?

Restará um ego, um Si, ou restará apenas o Absoluto?

Eu resumiria isso de outra forma.

A pessoa que vocês são jamais poderá viver a Liberação.

A outra novidade é que vocês estão Liberados, desde toda Eternidade.

Isso é um paradoxo magistral para o ego, mas é a evidência para o Absoluto.

É normal que o ego fique com raiva, que se irrite sozinho diante deste tipo de frase: esse é o objetivo.

Vocês estão com raiva?

Vocês são esta pessoa inscrita entre um nascimento e uma morte?

O estratagema mais maravilhoso disso que é nomeado ego (sem qualquer noção pejorativa ou maliciosa) é justamente fazê-los crer que ele é eterno, que ele é todo poderoso e que existe apenas ele.

Mas o ego, a pessoa, jamais conhecerá o Absoluto.

A boa notícia é que vocês não são o ego, que vocês são o Absoluto.

E ser o Absoluto não os impede, absolutamente, de percorrer este mundo.

Simplesmente, a maneira que vocês o percorrem nada mais tem a ver.

Como dizia, eu creio, no início da tarde, um dos Anciãos: há um antes e um depois.

Enquanto vocês não têm consciência de um antes e de um depois, vocês permanecem no ego.

Do mesmo modo que uma experiência mística, seja o Despertar do Si ou a experiência de morte iminente, leva inexoravelmente a conceber (porque essa é a verdade) que há um antes e um depois.

Enquanto vocês tiverem o sentimento de uma continuidade, não pode ali existir o Absoluto.

A Passagem é isso.

Apenas vocês sozinhos que podem realizar essa Passagem, mas isso não é absolutamente um fazer, é justamente, exatamente, o inverso.

É o ego que crê ao contrário: que ele pode fazer aí
onde ele nada tem que fazer.


Philippe de Lyon
17-03-2012





Rendo Graças às fontes:
http://www.autresdimensions.com/
Tradução: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net/


sábado, 14 de novembro de 2015

REENCONTRAREMOS NOSSOS FALECIDOS? - PHILIPPE DE LYON - A QUESTÃO

Rendo Graças ao autor desta imagem








Reencontraremos nossos falecidos?


Eu sou o Mestre Philippe de Lyon.
Saudações a vocês, irmãos e irmãs.

A questão, que é de saber se você reencontrará seus falecidos.
Convém compreender que você reencontrará, já, sua Eternidade, e convém apreender, também, que o que você nomeia «falecidos» reencontrará, do mesmo modo, sua Eternidade.
Na medida em que o conjunto de memórias desta Terra, não úteis, estão obsoletas e tornar-se-ão obsoletas, os laços de apego que possam, ainda, existir em você em relação aos seus falecidos permitirá a você reencontrar seus falecidos ressuscitados e não os falecidos, tal como você os conheceu sobre a Terra.
Há desaparecimento de algumas formas arcaicas.
Há dissolução de memórias afetivas, hereditárias ou familiares.
Assim, portanto, a liberdade é total.
Não há regra definida.
Você reencontrará algumas consciências antes, durante ou depois dos cento e trinta e dois dias.
Outros não terão necessidade de reencontrar a menor consciência após os cento e trinta e dois dias.
Eles serão Absolutos, inteiramente, sem estar em qualquer corpo.
Outros serão atraídos por sua Origem estelar e viverão, em seu mundo de origem, grandes festas.
Essas festas são bem mais importantes do que os reencontros com seus falecidos, sobretudo, porque estes são nutridos apenas de lembranças e de memórias.
Talvez, alguns deles já estejam, aliás, encarnados na pele de filhos.
De qualquer modo, não haverá mais qualquer separação, mas não espere reencontrar seus falecidos, como você diz, como você os conheceu em sua vida, mesmo se houver reconhecimento, mas as coisas serão profundamente diferentes.
Contudo, apreenda, efetivamente, que, permanecendo simples, eu diria, do outro lado do véu – mesmo se, hoje, não haja mais véus –, do outro lado dessa consciência efêmera, se prefere, não há outra coisa que não a intenção.
A consciência, o corpo de Existência segue a intenção.
Se você emite a intenção de reencontrar aqueles que você conheceu, você os reencontrará, mas não reencontrará a trama que existiu anteriormente.
Você reencontrará seres novos, amorosos, para quem a noção de falecido nada quer dizer, uma vez que eles estão, justamente, ressuscitados, sensivelmente, ao mesmo tempo que você, mas, certamente, não através de um corpo de carne, certamente, não através de memórias passadas, mas com a riqueza de sua Eternidade, de sua Origem Estelar e seu corpo dimensional presente no momento de seus reencontros.
Se essa intenção de reencontrar não é colocada, nem em um sentido nem em outro, não há qualquer razão para que os falecidos desta vida, como os falecidos de suas vidas passadas venham ao seu encontro.
Não se esqueça de que você vai tornar-se um ser Livre, para que os polos de interesse nada mais representem em relação ao que eles queriam dizer nesta Terra.
Do mesmo modo que anteriormente, alguém que morria não podia tudo ter nos mundos astrais, não podia tudo ver, mas era limitado por suas próprias crenças e seus próprios condicionamentos.
Assim, portanto, cabe a você ver se há uma necessidade de reencontrar um pai ou um filho.
Cabe a você ver se há necessidade de reencontrar uma consciência liberada como você.
Eu penso que a Liberação é, certamente, muito mais importante, e o efeito da Liberação não deveria permitir-lhe que permaneça, de modo demasiado insistente, qualquer relação ao seu passado nesta vida.
É preciso, efetivamente, compreender que a nova vida, a nova consciência, o que você É na Eternidade, estritamente, nada mais terá a ver antes do Apelo de Maria e o que existirá após os cento e trinta e dois dias.

Assim, portanto, projetar, hoje, um reencontro com um falecido, ligado à sua estrutura afetiva, ligado à perda, não terá mais sentido algum, a partir do instante em que você tiver passado.
Para nada serve fazer projeções inúteis sobre um desejo ou uma aspiração de reencontro, uma vez que, de qualquer modo, uma vez a Liberdade reencontrada, você pode reencontrar toda consciência, toda Eternidade e toda dimensão.
Não há qualquer obstáculo e qualquer barreira, exceto para aqueles que devem fazer, eu diria, um reaprendizado, mais do que uma reeducação, durante um tempo curto, em 3Ds unificadas, e que conservarão o corpo.
Você apreenderá, efetivamente, então, que aqueles que decidirem conservar esse corpo certo tempo, para levar a efeito algumas funções ou algumas missões, têm apenas pouca chance de reencontrar os falecidos, mas eles terão outra coisa a fazer.
Esses falecidos serão, talvez, levados a viver o mesmo cenário, quando da ressurreição deles.
Mas não se esqueça de que eles não têm mais corpo carbonado e não poderão, em caso algum, recriar um corpo carbonado.
Eles poderão, simplesmente, reencontrar você em 3Ds unificadas, quaisquer que sejam sua forma e sua dimensão estelar, inclusive Origem estelar.
Mas você os reencontrará, simplesmente, de modo natural.
Nada haverá a procurar.

Tudo se desenrolará, eu o lembro, no mesmo tempo e no mesmo espaço, após os cento e trinta e dois dias.


Philippe de Lyon
Fevereiro de 2015





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

QUAL É O MELHOR POSICIONAMENTO A ADOTAR PARA DEIXAR A LUZ AGIR E PARA LIBERAR-SE DAS ESCRAVIDÕES INCONSCIENTES? - O.M.A. - A QUESTÃO

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Qual é o melhor posicionamento
a adotar para deixar a Luz agir e
para liberar-se das escravidões
inconscientes?


Justamente, não mais posicionar-se em lugar algum.

Deixar a Luz fazer o que ela quer, porque você é a Luz e, a partir do instante em que você se conscientiza de que você deve colocar-se como isso ou aquilo…
Então, é claro, há muletas, vocês se servem delas aqui: Li Shen deu-lhes movimentos, há os cristais, vocês têm a nós, também, quando estamos com vocês.
Quando vocês estão imersos, por nossas Presenças, por suas leituras, de tudo o que se produz, bem, você vê bem que isso cria um estado diferente.

Portanto, não é um posicionamento.
É o quê?
É um Acolhimento, vocês estão no instante presente, Hic e Nunc, Aqui e Agora.
Vocês estão despojados de toda referência a um conhecimento passado ou a uma projeção no futuro.
Vocês estão instalados no tempo zero.
Vocês estão instalados na Eternidade, porque estão no Acolhimento.
Portanto, não é uma vontade pessoal, é um trabalho, ao contrário, de relaxamento completo de toda vontade e de toda pretensão, quer seja material ou espiritual.
Isso não impede de ter pretensões depois, na vida, é claro, mas vocês não as verão mais do mesmo modo.

Eu diria que o mais evidente dos posicionamentos, e isso Teresa disse já há alguns meses, é o Caminho da Infância.
Aí está, portanto, o melhor posicionamento é aquele que consiste em nada fazer e estar, simplesmente, no acolhimento de Cristo, do Espírito Solar, de nossas Presenças que já estão em vocês.

Lembrem-se: há uma frase muito antiga que diz – na Índia – que os Deuses reuniram-se e disseram: «Onde será que se poderia esconder a divindade?».
Bem, eles disseram que era preciso escondê-la no interior do homem, porque é o único lugar no qual eles jamais pensariam em procurar.
É exatamente o que acontece.
Nós temos, no entanto, insistido muito profundamente, assim como as próprias circunstâncias de sua vida o fazem, sobre o lugar do coração, sobre o lugar do Amor, porque a Vida é Amor.

Portanto, o melhor posicionamento, nesses tempos reduzidos, se posso dizer, é desaparecer, não como uma vontade de negar a vida ou fechar-se, bem ao contrário, é acolher a totalidade da Luz que está aí.
E nisso, vocês nada podem fazer, vocês podem apenas estar nessa neutralidade, mesmo se essa não seja perfeitamente a palavra exata.
Vocês estão disponíveis para a Luz.
Vocês são transparentes.
Vocês deixam as coisas produzirem-se, acompanhando o que se produz.
Nada há de melhor ou nada mais a fazer do que isso.
Depois, todo o resto, é claro: vocês podem, ainda, escutar-nos, vocês podem ler-nos, vocês podem brincar com os cristais, podem praticar, seriamente (eu não vou dizer brincar, ele vai zangar-se), vocês podem, também, fazer, seriamente, os exercícios de Li Shen.

Cabe a vocês ver.


Omraam Mikhaël Aïvanhov
Abril de 2015





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

COMO RECONHECER UM LIBERADO VIVO? - MA ANANDA MOYI - OUTUBRO DE 2015 - A QUESTÃO

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Como reconhecer
um Liberado Vivo?


Bem amado, embora eu já tenha, em parte, respondido a essa questão,vou, então, completá-la.

Você não pode servir-se de qualquer das ferramentas conceituais ou perceptuais ligadas ao reconhecimento eventual de um Liberado Vivo.

O Liberado Vivo não tem discípulos, o Liberado Vivo não tem organização.

Ele não se sente responsável pelo que quer que seja ou quem quer que seja.

Ele é o que ele é, ele fala ou faz silêncio.

Em todo caso, ele não leva a lugar algum, ele não leva a lugar algum quem quer que seja.

Ele está aí, simplesmente, no silêncio ou nas palavras, ele transmite o que sai dele, sem refletir, sem pensar.

Ele é, ele mesmo, liberado, verdadeiramente, de toda imposição, se não são as imposições desse corpo que ele habita, ainda.

Ele em nada crê, ele nada impõe, ele nada demonstra.

Ele é liberado de todo discurso organizado.

Ele é liberado da maior parte das referências que vocês encontram nas religiões, quaisquer que sejam, mesmo se ele possa apoiar-se em elementos presentes em algumas.

O reconhecimento do Liberado Vivo para nada lhe serviria porque, se você mesmo não é liberado, como você pode pretender, mesmo, reconhecê-lo?

O Liberado Vivo não é mais desse mundo e, no entanto, ele ainda está nesse mundo.

Ele não conhece mundo algum.

Ele a nada mais aspira do que ser o que ele é, com esse corpo ou sem esse corpo.

Ele tem, sobretudo, o espírito de uma criança, ele não se leva a sério, porque esse mundo não é sério.

É claro, ele nada procura, nem a gratidão nem as recompensas nem a satisfação de que quer que seja em relação com esse mundo.

Ele pode, mesmo, ter atividades absolutamente comuns e banais, ou, mesmo, muito simples, quer seja ao nível de uma vida familiar, se ele tem uma, quer seja ao nível de uma atividade profissional, qualquer que seja.

Isso nada muda no que seu corpo realiza nesse mundo, em função do que a vida propõe a ele.

E, sobretudo, ele nada espera, ele nada anseia, ele permanece impertubável, o que quer que se desenrole na tela da consciência limitada, tanto para ele como para cada outro.

O Liberado vivo pode deixar traços ou não de sua vida.

Lembre-se de que, mesmo a Fonte, quando ela sintetizou um corpo, há cem anos, pela última vez, era muito pouco conhecida em sua vida.

Nada escrito, nada organizado, ela não curou ninguém.

Ela estava, simplesmente, ali, simplesmente, presente, mesmo nessa ilusão.

Ela nada pediu e nada fez, no sentido em que você poderia entender.

Ela, simplesmente, esteve aí, durante um lapso de tempo.

Ele não reivindica qualquer filiação a qualquer corrente que seja.

Ele nada reivindica nem para si nem para o outro, nem para esse mundo.

Ele não é, no entanto, indiferente, mesmo se, ao olhar da pessoa, esse possa ser o caso.

Ele é, totalmente, ele mesmo e é, também, você, mesmo se você não o veja.

Você não pode, portanto, reconhecê-lo através de algo que você tenha vivido ou através de sinais ou de sintomas, ou através de uma manifestação qualquer.

Simplesmente, o que se solta dele nada tem a ver com um aspecto físico ou com um elemento de natureza emocional.

Ele está, no entanto, aí; ele continua, no entanto, aí.

Ele pode brincar com uma criança.

Ele pode tudo fazer, mas antes de tudo, ele é «Tudo».

Um Liberado Vivo nada procura, nem para ele nem para o outro.

Mesmo se ele utilize palavras, suas palavras nada são sem sua Presença.

O Liberado Vivo deixa-se – para a pessoa, aquele que o olha como pessoa – portar pela Vida, ele se deixa conduzir pela própria Vida.

Ele não é mais uma pessoa, mesmo se ele esteja em uma pessoa, sujeito, aliás, às condições dessa pessoa ao nível da evolução desse corpo, ou seja, seu lado efêmero.

Mas ele não o é.

Ele não joga mais em qualquer campo de experimentação da consciência.

Não é, mesmo, necessário, para ele, jogar com os poderes místicos, aliás, ele foge disso, como da peste.

Tudo o que seria evocado diante dele de noções de causalidade, de explicações para a pessoa nada quer dizer e nada representa.

Sua Presença é bem mais importante do que suas palavras, porque ele é o Liberado Vivo.

Ele é ignorante de todos os conhecimentos, mesmo se ele os tenha percorrido anteriormente.

Ele sabe muito bem o valor relativo de todos esses ensinamentos, que nada valem em relação à Verdade e que não conduzirão a lugar algum, e, sobretudo, não à Liberação.

Lembre-se de que o Liberado Vivo, a um dado momento, aceitou tudo perder e tudo soltar, em qualquer circunstância que fosse, material ou espiritual.

É sua rendição sem condição ao que ele é, na eternidade, que fez dele o que ele percebeu e o que o identifica como Liberado Vivo.

Ele nada planeja.

Ele nada promete.

Ele não tem necessidade de manifestar qualquer energia, ele é, ele mesmo, a Vida.

Quaisquer que sejam as ocupações de sua pessoa na sociedade ou no mundo, ele não é isso e ele sabe.

Ele é, portanto, liberado de todo medo de julgamento.

Ele é liberado do bem fazer ou do mal fazer.

Ele faz, simplesmente, o que ele deve fazer, não porque ele tenha decidido fazê-lo, mas porque a Vida propõe a ele.

Ele nada procura, nem explicações, nem justificações.

As experiências, mesmo as mais místicas, transcendentais e reais, não têm, para ele, qualquer interesse, o que não quer dizer que ele não tenha passado por ali, mas, simplesmente, que ele superou e transcendeu tudo isso.

Ele está pronto a perder sua vida, sem dificuldade alguma.

Ele aceita sua morte com uma grande alegria.

Ele não depende de qualquer olhar, de qualquer sistema.

Ele come se tem vontade, ele não come se não tem vontade.

Não ele, como Liberado Vivo, mas ele escuta, simplesmente, o que demanda o corpo e o que lhe demanda a Vida, em qualquer circunstância.

Ele não faz, jamais, escolha, e ele é, no entanto, alguém muito decidido.

Ele deixa a Vida escolher para ele.

Ele abandonou toda vaidade de dominar e de controlar o que quer que fosse.

Porque a bondade emana, naturalmente, dele, ele não tem necessidade de impor-se o que quer que seja.

Se ele está no êxtase, ele estará no êxtase; se ele tem necessidade de comer, ele comerá; se ele tem necessidade de gritar, ele gritará.

Mas não é a pessoa que o manifesta e o diz. É bem além de tudo o que você pode compreender e conhecer e apreender disso.

Como dizia Bidi, viva-o, você mesmo, e você saberá.

Como dizia Irmão K: atravesse o rio do conhecido para ir ao desconhecido.

Nada há a dizer disso, porque cada palavra que você poderá explicar em relação ao Absoluto nada quer dizer para aquele que está na pessoa.

Quaisquer que sejam os discursos, qualquer que seja a tradição de que ele é oriundo, isso tem apenas pouca importância.

Mesmo se ele tenha necessidade de vestir suas palavras do meio no qual ele se exprime, ele não é enganado, tampouco, pelas palavras que ele emprega.

Portanto, você não pode reconhecê-lo a partir do ponto de vista da pessoa.

E, eu diria, mesmo, que é ainda mais difícil reconhecê-lo a partir do ponto de vista do Si, porque o Si tem a ele, tem à Unidade, tem à Luz Branca e deseja permanecer nessa paz suprema sem ir mais longe.

O Liberado Vivo sabe que, mesmo a Morada de Paz Suprema, quaisquer que sejam as vantagens, os trunfos e as manifestações, nada mais representa para ele.

Mesmo se ele possa ser chamado pela vida a revivê-la, a manifestá-la, isso não representa para ele, real e concretamente, qualquer interesse.

Ele não é, no entanto, indiferente ao homem, ele não é indiferente ao que acontece na Terra, mas esses elementos não têm qualquer impacto sobre ele e não podem fazê-lo desviar um milímetro do que ele é.

Você não pode, portanto, ter qualquer reconhecimento energético, você não pode ter qualquer reconhecimento do Liberado Vivo através de conceitos, de ideias ou de pensamentos, mesmo não, eu diria, através da percepção da energia que emana dele.

Simplesmente, por sua Presença, ele é capaz de levá-lo não para onde ele está, porque apenas você é que pode realizá-lo, mas ele pode, contudo, levá-lo à porta, de maneira mais direta, eu diria, sem perdê-lo nos meandros dos conhecimentos, quaisquer que sejam, tanto desse mundo como conhecimentos energéticos ou espirituais.


Ma Amanda Moyi
Outubro de 2015





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

QUANDO SE FALA DE PERDÃO, NÃO SE EMITE, AO MESMO TEMPO, UMA NOÇÃO DE CULPA? - O.M.AÏVANHOV - A QUESTÃO

Rendo Graças ao autor desta imagem









Quando se fala de perdão, não se emite,
ao mesmo tempo, uma noção de culpa?


Bah! Não!


A partir do momento em que você se perdoa, a si mesmo, em primeiro lugar.
É a você que é preciso perdoar, não é ao outro.
É aquele que diz quem é.
Isso funciona, também, nesse sentido, mas isso nós já dissemos, há numerosos anos.

Qual culpa, já que tudo é experiência?
O perdão, a Graça, a ação da Graça é o perdão incondicional.
Isso não quer dizer sim a tudo porque, se você manifesta esse perdão incondicional, isso quer dizer que você entra na Graça.
E, se você entra na Graça, todas as dificuldades vão aplainar-se, pela operação do Santo Espírito, e isso não é uma piada.
Você vê a qual ponto, quando você tem um problema, você diz: «Ah, quem vai resolver isso, a operação do Santo Espírito?», em um tom irônico.
Não, eu não o digo de modo irônico, é a estrita verdade, é o Espírito do Sol, é Cristo que está aí, de qualquer forma.

Você quereria ser, ainda, incomodado por uma cadeira ou por um tijolo que lhe cai na cabeça, ou por uma central nuclear que explode?
E, aí, para atravessar isso, você vê se está, ainda, na projeção da consciência – eu não falo de projeção no sentido psicológico – de emanação da consciência ou será que você está em uma interiorização da consciência?
Isso lhe dá o sentido de sua energia, desta vez, como eu digo, com uma experimentação ao vivo, e não mais em seu ser ou no aspecto vibral, mas, diretamente, no quotidiano.

É isso, também, a Unidade.
Não Unidade assim, imaginada, sonhada, mas vivida.
Eu vejo que há os que refletem, dizendo-se: «Eu tenho, ainda, preocupação em mim».


Não, isso não é preocupação, é, simplesmente,
vê-lo, é tudo, e perdoar-se.



Omraam Mikhaël Aïvanhov
Abril de 2015





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

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